"A Sérvia deveria ser sancionada", disse o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, perante o parlamento kosovar.
Se tal medida não avançar, "voltará a acontecer", porque "o arsenal militar dos profissionais sérvios que atacaram Banjska era constituído por armas provenientes da Sérvia", segundo alegou o primeiro-ministro, referindo-se a um arsenal que as autoridades kosovares afirmam ter apreendido naquela aldeia no norte do país durante uma operação de segurança, após o assassínio de um polícia albanês do Kosovo numa emboscada.
De acordo com uma lista publicada por Kurti, o arsenal, no valor de vários milhões de euros, incluía um veículo blindado, granadas, AK47 e lançadores de foguetes.
Desde o início que Belgrado nega as acusações de Pristina.
O agente da polícia do Kosovo foi morto no domingo passado a poucos quilómetros da fronteira com a Sérvia, durante uma patrulha.
Seguiram-se várias horas de troca de tiros entre a polícia kosovar e um grupo fortemente armado de várias dezenas de homens escondidos num mosteiro.
Três deles morreram, três foram detidos e o destino dos restantes elementos do grupo é desconhecido.
O Kosovo garante que vários estão na Sérvia, a serem tratados num hospital no sul do país.
Este episódio de violência reacendeu as tensões entre o Kosovo e a Sérvia, que nunca reconheceu a independência da sua antiga província, declarada em 2008.
Na noite de quarta-feira, centenas de pessoas reuniram-se em homenagem às vítimas na Catedral de São Sava, em Belgrado.
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) condenaram este episódio, apelando à Sérvia e ao Kosovo para que tomem "medidas urgentes" para reduzir a violência.
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