"Desde maio, reforçámos a presença e os procedimentos da KFOR. Ainda na quinta-feira, o Conselho da Aliança Atlântica autorizou forças adicionais para lidar com a situação atual", disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, num comunicado.
"Continuaremos a garantir que o nosso comandante tenha os recursos e a flexibilidade necessários para que a KFOR cumpra o seu mandato. Estamos prontos para fazer novos ajustes nos procedimentos da KFOR, conforme seja necessário", acrescentou.
Com este passo, a coligação militar abre a porta ao reforço da sua presença no Kosovo, embora fontes indiquem que muitos detalhes sobre este eventual destacamento ainda não foram finalizados.
Em todo o caso, no seio da NATO é reconhecida a necessidade de fazer "ajustes" numa missão que inicialmente contava com 50 mil militares e que tem vindo a reduzir o seu contingente ao longo dos anos.
A reunião dos ministros da Defesa da Aliança, nos dias 12 e 13 de outubro, em Bruxelas, será a primeira reunião em que esta questão estará em cima da mesa.
A NATO sublinhou a necessidade de as partes reduzirem as tensões no norte do Kosovo e insta Belgrado e Pristina a comprometerem-se com o diálogo facilitado pela UE, insistindo que é "a única forma" de resolver os conflitos atuais.
Segundo a NATO, é fundamental para uma segurança duradoura no Kosovo e para a estabilidade na região.
O ataque de um grupo armado sérvio do Kosovo na semana passada a um mosteiro ortodoxo em Banjska, que matou um agente da polícia do Kosovo, levou a uma nova onda de tensões entre Belgrado e Pristina, que dentro da Aliança são vistas com maior preocupação depois de a KFOR ter sido objeto do ataque em maio passado.
Leia Também: NATO envia aviões AWACS para a Lituânia para monitorizar ações russas