Segundo o sindicato dos motoristas do Reino Unido, Aslef, os 16 operadores ferroviários que agrupa apoiam hoje a greve, que será seguida de outra na próxima quarta-feira, mesmo dia em que encerra o congresso anual "Tory" na cidade inglesa de Manchester.
Para o sindicato, estas medidas vão obrigar os operadores ferroviários a cancelar todos os seus serviços, o que provavelmente causará o caos aos passageiros durante o dia.
O ministro britânico dos Transportes, Mark Harper, considerou hoje, em declarações ao canal britânico Sky News, que os maquinistas estão a participar numa "greve política" que visa perturbar o congresso, organizada pelo secretário-geral da Aslef, Mick Whelan, que faz parte do comité executivo do Partido Trabalhista, de oposição.
Segundo o ministro, durante as negociações com o sindicato foi feita uma oferta salarial "justa e razoável", juntamente com reformas ferroviárias "essenciais".
"O salário médio de um maquinista hoje é de 60.000 libras (69.136 euros, ao câmbio de hoje) por jornada de 35 horas, quatro dias por semana. A oferta laboral colocada em cima da mesa, se aceite, eleva esse valor para 65.000 (74.884 euros) por ano, durante quatro dias por semana e 35 horas semanais", afirmou o político.
"A minha mensagem ao sindicato é: transmita esta oferta aos seus membros e veja se eles a aceitam ou não e parem de criar perturbações para os cidadãos e impedir as pessoas de utilizarem os comboios, o que não é do interesse a longo prazo da indústria sindical e dos seus membros", acrescentou.
Além disso, no âmbito das medidas de força, os membros da Aslef proibiram o trabalho extraordinário entre sexta-feira, 29 de setembro e 06 de outubro, o que irá "alterar gravemente" a rede ferroviária nacional, segundo o sindicato.
Whelan lembrou recentemente que os seus membros "não tiveram aumento salarial há quatro anos, desde 2019, e isso não é correto quando os preços subiram durante este período".
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