De acordo com a Unicef, o número estimado de "violações graves contra crianças" é de mais de 1.700 no primeiro semestre do ano, representando um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2022.
A informação foi adiantada à agência France-Presse (AFP), um dia após ser reportada a situação naquele país africano.
A Unicef específica que o "aumento alarmante de casos de homicídio, mutilação e rapto de crianças" ocorre devido "à intensificação da violência, às deslocações massivas e à proximidade entre grupos armados e comunidades".
O recrutamento e a utilização de crianças em grupos armados aumentou 45% nos primeiros seis meses do ano, para cerca de 1.100, e o assassínio e mutilação de crianças cresceu 32% durante o mesmo período, para mais 400.
"As violações e outros atos de violência sexual contra crianças" também estão a aumentar, observou a Unicef.
Desde o início do ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância já forneceu "serviço de saúde mental e apoio psicossocial a mais de 100 mil crianças" e "ajudou mais de 6.300 sobreviventes de violência".
A Unicef acrescenta que recebeu apenas 11% dos fundos necessários para a sua ação de proteção das crianças como parte do seu apelo de emergência no leste da RDCongo, uma região atormentada pela violência armada e rebeliões.
A RDCongo tem mais de seis milhões de pessoas deslocadas a nível interno, a maioria nas províncias orientais de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri.
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