Foi um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referindo-se ao ataque russo, ocorrido esta quinta-feira, que vitimou mais de 50 pessoas, na aldeia de Hroza, em Kharkiv, na Ucrânia.
Após terminarem os trabalhos de busca por sobreviventes, o chefe da administração militar regional de Kharkiv, Oleg Synegubov, confirmou que, no total, 51 pessoas morreram e seis ficaram feridas. Todas as vítimas eram residentes locais.
Um café e uma loja foram atingidos por um míssil russo, numa altura em que dezenas de civis se encontravam no local.
Zelensky, que participou numa cimeira com cerca de 50 líderes europeus em Granada, Espanha, a qual visa angariar apoio para o país em guerra, classificou o ataque como um "crime russo comprovadamente brutal" e "um ato de terrorismo completamente deliberado".
O presidente ucraniano instou os aliados ocidentais a ajudarem a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, alegando que "o terror russo tem de ser travado".
"A Rússia faz ataques terroristas como este apenas para uma coisa: fazer da sua agressão genocida a nova norma para todo o mundo", acusou.
A comunidade internacional também reagiu e condenou o ataque russo na Ucrânia, considerando-o "cruel", uma "barbaridade", "horrível".
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska afirmou que o ataque "cruel" em Kharkiv "não faz sentido".
"É difícil acreditar que as pessoas possam fazer tais coisas. Os russos atacaram a aldeia de Hroza, na região de Kharkiv, uma mercearia e um café. Mais de 50 pessoas foram mortas, incluindo uma criança. Outra criança está entre os feridos. Este ataque é cruel e não tem sentido, como a guerra desencadeada pela Federação russa", escreveu numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, "condena veementemente" o ataque.
"Os ataques contra civis e infraestruturas civis são proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar imediatamente", acrescentou Stéphane Dujarric.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, "condena veementemente" o ataque russo contra a aldeia de Hroza, no leste da Ucrânia, que provocou pelo menos 51 mortos, disse hoje o seu porta-voz.
Lusa | 19:32 - 05/10/2023
A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, destacou, através de um comunicado, que as imagens são "absolutamente horríveis".
"Estou chocada com os relatos de um ataque russo que, há pouco tempo, destruiu a aldeia de Hroza, na região de Kharkiv, matando dezenas de civis. As imagens que chegam da localidade onde vivem pouco mais de 300 pessoas são absolutamente horríveis, pode ler-se.
As Nações Unidas lamentaram hoje o bombardeamento da aldeia de Hroza, na região ucraniana de Kharkiv, considerando as imagens do que considerou um crime de guerra como "absolutamente horríveis".
Lusa | 17:44 - 05/10/2023
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, expressou "solidariedade da Europa" pessoalmente a Zelensky, naquele que considerou "um momento sombrio" para a Ucrânia, conforme relatou numa publicação na rede social X.
Também o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak descreveu o ataque como "horrível" e considerou que o ataque ilustra a "barbaridade" de Vladimir Putin, revela a Sky News.
"O presidente Putin pode dizer o que quiser, há uma pessoa responsável por esta guerra ilegal e não provocada e é ele. E ele deveria parar. É por isso que o Reino Unido tem sido firme no apoio à Ucrânia e continuará a fazê-lo", afirmou Sunak, em declarações aos jornalistas.
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