Numa escalada da guerra que decorre há décadas, o movimento islâmico Hamas lançou uma operação militar contra Israel no sábado. O número de mortos confirmado nas 24 horas seguintes não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel e aquilo que os palestinianos chamam de 'Nakba', o início da ocupação ilegal
Pelo menos 260 corpos foram recuperados pelos serviços de emergência israelitas da área do deserto próxima da Faixa de Gaza, onde centenas de jovens assistiam a um festival de música eletrónica quando ocorreu o ataque do Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, tendo lançado uma operação que batizou como 'Espadas de Ferro'.
O foco do contra-ataque israelita é, mais uma vez, a Faixa de Gaza, onde as condições estão a ficar ainda pior para os cerca de 2 milhões de palestinianos que vivem no pequeno enclave. Israel cortou a luz e a água de toda a região, e centenas de milhares de pessoas passaram a noite a dormir em escolas enquanto a força aérea israelita bombardeou edifícios residenciais, que considera como alvos do Hamas.