"Cerca de 1.500 corpos (de combatentes) do Hamas foram encontrados em Israel ao redor da Faixa de Gaza", disse à comunicação social o porta-voz internacional do Exército israelita, Richard Hecht, cujos comentários atestam a escala do ataque lançado no sábado contra o sul do país.
Até aqui, o exército falava de mil combatentes palestinianos infiltrados.
No quarto dia de hostilidades, "o exército recuperou mais ou menos o controlo da cerca na fronteira" com Gaza, "mas as infiltrações [de militantes do Hamas] ainda podem acontecer", acrescentou Hecht.
O responsável disse ainda que "desde o início da noite passada ninguém entrou" em Israel a partir de Gaza.
O exército "quase completou" a evacuação das 24 localidades próximas da fronteira de onde decidiu retirar os habitantes.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
Em declarações na segunda-feira à agência de notícias Associated Press (AP), Ali Barakeh, membro da direção do Hamas no exílio em Beirute, disse que apenas um pequeno número de comandantes sabia da operação contra Israel, esperando que o Irão e o movimento xiita libanês Hezbollah se juntem à batalha, caso Gaza seja "sujeita a uma guerra de aniquilação".
O ataque de sábado apanhou desprevenidos os serviços militares e de informação de Israel, quando centenas de homens armados do Hamas entraram por buracos abertos na vedação da fronteira e se lançaram em várias cidades, onde mataram centenas de soldados e civis e capturaram reféns.
Barakeh disse que o ataque foi planeado por cerca de meia dúzia de comandantes de topo do Hamas em Gaza e que mesmo os aliados mais próximos do grupo não foram informados antecipadamente sobre o momento do ataque.
"Apenas um punhado de comandantes do Hamas sabia da hora zero", garantiu.
O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza -- incluindo dezenas de menores e mulheres -- o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.
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