Mãe relata momento em que filhos foram "raptados por bárbaros" do Hamas
Entre lágrimas, a mulher contou que os filhos foram "levados da sua própria casa, das próprias camas, por bárbaros".
© Alexi J. Rosenfeld/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Uma mulher israelita recordou o momento em que os filhos, de 12 e 16 anos, foram “raptados por bárbaros” do grupo islâmico Hamas num 'kibutz' [comunidade] perto de Gaza, enquanto estavam consigo ao telefone, no sábado. A mulher, que apelou pela libertação dos filhos, apontou que a última coisa que ouviu antes de a chamada cair foi o mais novo a implorar para não ser raptado.
A mulher, que pediu para não ser identificada, detalhou à ABC News que tudo aconteceu pelas 6h30 da manhã de sábado, depois de ter recebido uma chamada das crianças, que estavam na casa do pai.
Ainda que os filhos se tenham dirigido para um abrigo na residência, acabaram por ser “raptados por bárbaros”.
"Estava ao telefone com eles de minuto a minuto. Por volta das 8h30, disseram que estavam a ouvir tiros vindos do exterior. Tentei acalmá-los, dizendo que provavelmente era o nosso exército. Depois, comecei a receber mensagens de outros membros da comunidade, que diziam que terroristas estavam a tentar arrombar as casas", recordou.
A dado momento, as crianças sussurraram que estava alguém a tentar invadir a residência.
“Ao fim de 10 minutos, consegui ouvir duas ou três pessoas a falar árabe. O meu filho mais novo, que só tem 12 anos, disse-lhes, ‘Não me levem, sou demasiado novo’. E foi isso. A chamada caiu. Foi a última vez que soube deles”, lamentou.
Entre lágrimas, a mulher atirou que os filhos foram “levados da sua própria casa, das próprias camas, por bárbaros”. “Não encontro outra palavra”, disse.
Mais tarde, ficou a saber que o pai das crianças e a namorada também tinham sido sequestrados pelos membros do Hamas, através de um vídeo publicado pelo grupo armado. O homem terá ficado ferido no ataque, segundo as imagens.
“Espero que estejam juntos agora”, disse.
E continuou: “Levaram bebés, levaram mulheres, levaram crianças. Levaram idosos com mais de 85 anos. Levaram pessoas que estavam doentes. Levaram pessoas feridas. São bárbaros. Lamento, mas não encontro outra palavra. Quero que o mundo saiba que têm civis inocentes como reféns. Quero que o mundo saiba que até a guerra tem regras. […] Isto vai contra todas as regras da humanidade, contra todas as regras da guerra, contra todas as regras da paz.”
Apelando para que os filhos sejam libertados, a mulher assegurou que sempre procurou que os menores tivessem empatia para com as crianças palestinianas, uma vez que a sua vida é "bem pior".
“Estou a implorar-vos como mãe. […] Até as mães em Gaza querem uma vida normal, tenho certeza”, disse.
De notar que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
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