Decapitação de crianças pelo Hamas? Casa Branca corrige Joe Biden
"Nem o presidente nem os funcionários do governo viram as imagens ou conseguiram confirmar os relatos", esclareceu um porta-voz.
© Drew Angerer/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
A Casa Branca corrigiu as declarações desta quarta-feira de Joe Biden, que afirmou ter visto imagens "verificadas" de "terroristas" do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) a decapitar crianças, e garantiu que nem o presidente nem os funcionários do governo norte-americano conseguiram confirmar esses relatos de forma "independente".
Em declarações à agência EFE, um porta-voz da administração democrata esclareceu que o presidente fez estas declarações com base em afirmações públicas do Governo israelita.
De acordo com o The Washington Post, que foi o primeiro a informar sobre a retificação do Governo Biden, a Casa Branca observou que "nem o presidente nem os funcionários do governo viram as imagens ou conseguiram confirmar os relatos destes acontecimentos de forma independente".
Na quarta-feira, recorde-se, o presidente dos Estados Unidos defendeu que é "importante" que os americanos saibam o que se está a passar. "Nunca pensei ver imagens verificadas de terroristas a decapitar crianças", lamentou durante uma reunião com líderes judeus americanos.
Desde terça-feira, circulam nas redes sociais mensagens sobre os "40 bebés assassinados", apontados como o próprio exemplo da barbárie de que são culpados os homens do movimento islamita palestiniano Hamas, na sua ofensiva contra Israel. Contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita já disse não estar em condições, "nesta fase", de confirmar os "40 bebés assassinados" durante o massacre perpetrado no sábado.
Cerca de 400 pessoas viviam em Kfar Aza, uma comunidade agrícola situada a dois quilómetros da fronteira com a Faixa de Gaza, antes do ataque do Hamas.
Questionados pela AFP, vários soldados israelitas destacados no local afirmaram que mais de 100 civis tinham morrido, incluindo um número desconhecido de crianças. Um deles, que não quis ser identificado, falou de mutilações, incluindo decapitações, mas recusou-se a dizer mais.
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