Vários especialistas independentes da ONU condenaram Hamas e israelitas
Vários especialistas independentes da ONU condenaram hoje os crimes cometidos pelo Hamas em Israel, mas também criticaram a resposta do Estado judeu, que consideraram uma "punição coletiva" a Gaza.
© REUTERS/Carlo Allegri
Mundo Israel
"Nada justifica a violência que atinge indiscriminadamente civis inocentes, seja por parte do Hamas ou das forças israelitas. Isto é absolutamente proibido pelo direito internacional e constitui um crime de guerra", declararam estes especialistas em direitos humanos num comunicado conjunto.
"Condenamos veementemente os crimes horríveis cometidos pelo Hamas, os assassínios deliberados e generalizados e a tomada de reféns de civis inocentes, incluindo idosos e crianças", sublinharam os especialistas, mandatados pela ONU, mas que não se pronunciaram em nome da organização.
"Estas ações constituem violações hediondas do direito internacional e dos crimes internacionais, assim, existe uma necessidade urgente de responsabilização", afirmaram.
O Hamas também fez cerca de 150 reféns, que provavelmente se encontram na Faixa de Gaza, facto também denunciado pelos especialistas.
"A tomada de reféns no contexto das hostilidades constitui um crime de guerra", referiram, acrescentando que "os civis capturados pelo Hamas devem ser imediatamente libertados".
"Também condenamos veementemente os ataques militares indiscriminados de Israel contra a já exausta população palestiniana de Gaza, que conta com mais de 2,3 milhões de pessoas, quase metade das quais são crianças", sublinharam.
Estes civis palestinianos "vivem sob um bloqueio ilegal há 16 anos e já passaram por cinco grandes guerras brutais", disseram, classificando esta situação como uma "punição coletiva".
A guerra entre o Hamas e Israel foi desencadeada por ataques sem precedentes do movimento islâmico em Israel no sábado, deixando mais de 1.200 mortos, a maioria deles civis, e vários milhares de feridos, segundo um balanço divulgado pelas autoridades israelitas.
A resposta do Estado judeu sob a forma de bombardeamentos intensivos na Faixa de Gaza, onde estão reunidas mais de dois milhões de pessoas, também deixou cerca de 1.200 mortos, principalmente civis, e 5.600 feridos, segundo as autoridades palestinianas.
Especialistas da ONU criticaram Israel por impedir a entrada em Gaza de bens de primeira necessidade, como água, eletricidade, medicamentos e alimentos.
"Tais ações precipitarão uma grave crise humanitária em Gaza, sendo que a população enfrenta um risco de fome iminente. A fome intencional é um crime contra a humanidade", insistiram.
Os especialistas exigem o fim das violações das leis humanitárias internacionais, um acordo de cessar-fogo, a libertação dos reféns, bem como o estabelecimento de "uma força de proteção" nos territórios palestinianos, ajuda humanitária e tratamento digno dos mortos.
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