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Embaixador dos EUA na China afirma-se desiludido com reação de Pequim

O embaixador dos Estados Unidos na China, Nicholas Burns, manifestou hoje desilusão com a reação de Pequim ao conflito israelo-palestiniano "por não condenar diretamente a organização [extremista islâmica] Hamas".

Embaixador dos EUA na China afirma-se desiludido com reação de Pequim
Notícias ao Minuto

12:24 - 12/10/23 por Lusa

Mundo Israel

"É preciso ser eficaz, é preciso defender algo", disse Burns, durante um fórum virtual organizado pelo Comité Nacional para as Relações EUA - China, com sede em Nova Iorque.

O diplomata questionou se a China pode ser um "verdadeiro mediador", uma vez que Pequim "muitas vezes parece distanciar-se dos conflitos", enquanto os "EUA praticam há décadas uma diplomacia prática na região".

"A China não parece estar a tentar mediar ativamente entre a Ucrânia e a Rússia", disse Burns, acrescentando que "foi uma má escolha para Pequim declarar uma relação de amizade sem limites com Moscovo", algo que "a distanciou da Europa e aproximou os países do Indo-Pacífico dos EUA".

A primeira reação da China aos inesperados ataques realizados pela organização extremista islâmica Hamas em território israelita, no sábado passado, foi uma manifestação de "profunda preocupação" com a nova guerra e um apelo às partes envolvidas para que "ponham imediatamente fim às hostilidades".

Pequim defendeu que o "prolongado impasse no processo de paz é insustentável".

Na segunda-feira, a porta-voz Mao Ning condenou os ataques contra civis e apelou a "negociações", depois de declarar que a China é "amiga tanto da Palestina como de Israel".

O enviado especial do governo chinês para o Médio Oriente, Zhai Jun, também sublinhou que a prioridade é "alcançar um cessar-fogo imediato" entre israelitas e palestinianos.

Ele defendeu que a comunidade internacional deve "fornecer apoio humanitário ao povo palestiniano", após os bombardeamentos israelitas em Gaza, em resposta ao ataque do passado sábado.

O responsável manifestou o apoio de Pequim à solução de "dois Estados" e à adesão plena do país muçulmano às Nações Unidas.

"O conflito israelo-palestiniano continua a desenrolar-se num ciclo, mas o problema é o atraso na resolução da questão palestiniana de forma justa", afirmou.

Leia Também: Vários especialistas independentes da ONU condenaram Hamas e israelitas

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