A jovem curda iraniana Mahsa Amini, que morreu aos 22 anos após ter sido detida em Teerão pela polícia iraniana da moralidade, em setembro de 2022, e o movimento Mulher, Vida e Liberdade, que contesta a lei do 'hijab' (um lenço que as mulheres na República Islâmica são obrigadas a usar para tapar o cabelo e que Mahsa Amini não envergava corretamente segundo as autoridades) e outras normas discriminatórias estão entre os três nomeados do galardão.
A lista de finalistas do Sakharov 2023 inclui ainda a ativista Vilma Núñez de Escorcia e o bispo de Matagalpa, Rolando José Álvarez Lagos, que lutam na Nicarágua pela defesa dos direitos humanos e contestam o regime de Daniel Ortega.
O bispo de Matagalpa está a cumprir uma pena de prisão de 26 anos e foi-lhe retirada a nacionalidade.
A seleção de finalistas da responsabilidade dos eurodeputados das comissões parlamentares dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento inclui ainda três mulheres que lutam pelo direito ao aborto gratuito, seguro e legal: a polaca Justyna Wydrzynska, a salvadorenha Morena Herrera e a norte-americana Colleen McNicholas.
O vencedor será conhecido na próxima quinta-feira e o prémio é entregue em 13 de dezembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França.
O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, no valor de 50 mil euros, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu, desde 1988, a pessoas ou organizações que se destacam pela sua contribuição para a defesa dos direitos humanos e da democracia.
O galardão foi assim designado em honra do físico e dissidente da ex-URSS Andrei Sakharov.
Na edição de 2022, o galardão foi atribuído ao povo ucraniano, na sequência da ofensiva militar russa, iniciada em fevereiro do ano passado.
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