"O Papa, depois de várias tentativas, conseguiu falar com o vice-pároco que está em Gaza, o padre Youssef, e perguntou-lhe como estavam, perguntou pelas muitas crianças, cristãs e muçulmanas, assistidas pelas freiras de Madre Teresa, e garantiu que está a fazer tudo o que é possível por esta situação", explicou Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família, a única igreja católica da Faixa de Gaza, em declarações ao canal de televisão da Conferência Episcopal Italiana "TV2000".
Francisco já comunicou com Romanelli em algumas ocasiões para expressar a sua proximidade.
A paróquia de Gaza acolhe atualmente 130 refugiados e outros estão alojados em estruturas paroquiais vizinhas, disse o pároco.
"Os bombardeamentos são contínuos e pesados", disse o sacerdote, acrescentando que é isso que os paroquianos lhe dizem.
Entretanto, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, telefonou também hoje ao primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Shtayyeh, para lhe manifestar o seu pesar pelo que está a acontecer na Faixa de Gaza.
Durante a chamada telefónica, Parolin sublinhou que, "como já expressou a todas as partes envolvidas, os civis, os hospitais e os locais de culto não devem ser envolvidos no conflito", escreveu a Secretaria de Estado da Santa Sé numa mensagem na rede social X.
O Papa tinha dito na audiência geral de quarta-feira que os atacados têm o direito de se defender, mas reconheceu que está "muito preocupado com o cerco total sob o qual vivem os palestinianos em Gaza, onde também houve muitas vítimas inocentes".
O terrorismo e o extremismo não ajudam a encontrar uma solução para o conflito entre israelitas e palestinianos, mas alimentam o ódio, a violência e a vingança e só causam sofrimento a ambas as partes", insistiu.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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