"Exigimos o fim imediato das operações militares e a abertura de corredores seguros para ajudar a população", declarou o secretário-geral da organização, Ahmed Aboul Gheit, durante uma reunião dos ministros da justiça árabes em Bagdad.
Aboul Gheit disse que a operação humanitária visa "distribuir os bens de primeira necessidade e socorrer os feridos".
Desde 07 de outubro, o ataque-surpresa do grupo islamita Hamas a Israel e o bombardeamento de retaliação do exército israelita em Gaza causaram milhares de mortos e um milhão de deslocados de ambos os lados.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou, pouco antes das declarações de Aboul Gheit, que não havia um cessar-fogo entre Israel e o Hamas nesta fase.
Mais de um milhão de pessoas fugiram em pânico do norte da Faixa de Gaza, enquanto Israel reunia tropas junto ao território, em preparação para uma provável ofensiva terrestre contra o Hamas.
"O exército de ocupação [israelita] anunciou desde o início que não seria permitida a entrada de alimentos, água ou combustível em Gaza, privando assim os palestinianos da sua humanidade e abrindo caminho para uma limpeza étnica", acusou Aboul Gheit.
A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) alertou para uma "catástrofe humana sem precedentes" que está em curso na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
Aboul Gheit e o chefe da Comissão da União Africana, Moussa Faki, consideraram no domingo que a ofensiva terrestre que o exército israelita parece estar a preparar poderá "conduzir a um genocídio de proporções sem precedentes".
Com sede no Cairo, onde foi fundada em 1945, a Liga Árabe tem atualmente 22 membros, incluindo a Palestina.
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