"Num clima de grande tensão, a Minusma iniciou o processo de retirada dos seus campos na região de Kidal, começando por Tessalit e Aguelhok", declarou a missão em comunicado, acrescentando que poderá acelerar a retirada de um terceiro campo, o de Kidal.
Em junho, após meses de relações deterioradas, os coronéis que chegaram ao poder no Mali por um golpe de Estado exigiram a partida da Minusma, destacada desde 2013 no país, afetado pelo fundamentalismo islâmico e por uma profunda crise multidimensional.
A saída da Minusma dos seus campos exacerbou as rivalidades pelo controlo do território entre os grupos armados presentes no norte.
Os grupos separatistas predominantemente tuaregues retomaram as hostilidades contra o Governo central e o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), ligado à Al-Qaida, intensificou os ataques contra posições militares.
Desde agosto, a Minusma transferiu quatro campos para as autoridades malianas, mas a evacuação dos campos da ONU na região de Kidal e da própria Kidal, um reduto separatista, está a revelar-se a mais perigosa.
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