Pelo menos 500 pessoas foram mortas na sequência de um ataque ao hospital Batista Árabe al-Ahli, revelou o Ministério da Saúde palestiniano.
Muitos dos feridos serão mulheres e crianças e o hospital foi atingido sem qualquer aviso prévio, informou a Al Jazeera.
O ministério da Saúde afirmou entretanto que há "centenas de vítimas" sob os escombros.
O hospital servia de abrigo a famílias na sequência de contínuos bombardeamentos israelitas em Gaza.
The death toll has already risen to over 500 Palestinians killed, including staff, patients and civilians who took refuge inside the hospital following Israel's 'evacuation order'.
— Al-Mezan الميزان (@AlMezanCenter) October 17, 2023
Five hundred Palestinian lives wiped out by a single Israeli attack. https://t.co/VOso0C58SH
Um jornalista da Al Jazeera informou que a unidade hospitalar "está em chamas" e a "situação é catastrófica".
"As equipas médicas estão a tentar retirar as vítimas, mas há um número crescente de vítimas em diferentes áreas da Faixa de Gaza. Centenas e milhares", refere o meio de comunicação.
Now:
— Younis Tirawi | يونس (@ytirawi) October 17, 2023
The Israeli military directly bombs the Arab Baptist Hospital in Gaza city.
Many casualties pic.twitter.com/kpdI8zVvpe
Os militares de Israel estão a investigar o que aconteceu no hospital, revela ainda a Sky News.
A Defesa Civil Palestiniana considerou que este ataque "sem precedentes" foi o ataque aéreo israelita mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.
“O massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na nossa história. Embora tenhamos testemunhado tragédias em guerras e dias passados, o que aconteceu esta noite equivale a um genocídio", terá dito o porta-voz Mahmoud Basal.
This is a genocide!
— PRCS (@PalestineRCS) October 17, 2023
Hundreds of martyrs as a result of the occupation forces targeting the Al-Ma'madani Hospital in Gaza Strip, where thousands of displaced people are forcibly residing.#Gaza_under_attack pic.twitter.com/P9V8aKIWDI
O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto após este ataque, informaram os meios de comunicação locais.
O Hamas já reagiu ao bombardeamento e classificou o "horrível massacre" como um "crime de genocídio" contra as vítimas, que são "famílias deslocadas, doentes, crianças e mulheres".
"Este facto expõe também o apoio americano e ocidental a esta ocupação criminosa. A comunidade internacional e os países árabes e islâmicos devem assumir as suas responsabilidades e intervir imediatamente, agora e não amanhã, para acabar com a arrogância da ocupação e do seu exército fascista, e responsabilizá-los pelo genocídio que têm vindo a cometer pelo décimo primeiro dia consecutivo na área já bloqueada", lê-se no comunicado do grupo Hamas publicado na rede social Telegram.
De recordar que Israel encontra-se em alerta máximo desde 7 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 155, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas - grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel - e ao qual Israel impôs um cerco total, cortando o abastecimento de água, combustível e eletricidade, a forte retaliação israelita matou e feriu vários milhares pessoas, incluindo centenas de crianças.
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