"A polícia está ciente dos eventos e das assembleias públicas que estão a ser organizadas em ligação com o conflito entre Israel e o Hamas", refere um comunicado divulgado hoje pela polícia da cidade-estado asiática.
No comunicado acrescenta-se que, face às "tensões crescentes" e às "preocupações com a segurança pública" em tais eventos, citando "numerosos incidentes de violência em muitos países", as forças de segurança da ilha decidiram "recusar os pedidos" de realização de tais protestos.
A legislação de Singapura apenas permite a realização de protestos com autorização prévia da polícia e num local específico da ilha, o parque Hong Lim, onde não é permitida a participação de cidadãos estrangeiros.
"A paz e a harmonia entre as diferentes raças e religiões em Singapura não devem ser consideradas como um dado adquirido e não devemos permitir que acontecimentos externos afetem a nossa situação interna", acrescentou a Polícia de Singapura, onde a população local é maioritariamente de origem chinesa, malaia e indiana.
O ataque de terça-feira a um hospital no norte da Faixa de Gaza, no qual centenas de pessoas foram mortas e feridas num bombardeamento que nem o Hamas nem Israel reconhecem como sendo da sua responsabilidade, provocou inúmeras reações em todo o mundo e agudizou o conflito que já dura há 11 dias.
Vários ataques de manifestantes contra sedes diplomáticas de Israel e dos Estados Unidos foram registados em diferentes locais após o bombardeamento do hospital, com grandes manifestações em Istambul (Turquia), em frente à embaixada dos EUA em Beirute (Líbano) e à missão diplomática do país norte-americano no Iraque, entre outros países.
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