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França assegura que crise no Médio Oriente não afetará apoio a Kyiv

O Presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que o regresso do conflito israelo-palestiniano ao centro das atenções internacionais não afetará o apoio europeu à Ucrânia.

França assegura que crise no Médio Oriente não afetará apoio a Kyiv
Notícias ao Minuto

19:22 - 18/10/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"A multiplicação das crises não enfraquecerá de forma alguma o apoio francês e europeu à Ucrânia, que permanecerá enquanto for necessário", sublinhou Macron, durante uma conversa telefónica com Zelensky, informou a presidência francesa.

Os dois líderes discutiram também as capacidades militares da Ucrânia, que espera uma nova campanha de bombardeamentos russos durante o inverno, bem como as necessidades de Kyiv, à medida que esta estação se aproxima.

O chefe de Estado ucraniano sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que o seu país atribui "grande importância à ajuda militar da França", que forneceu canhões de artilharia César e que já prometeu mísseis SCALP de longo alcance.

Os dois discutiram ainda o corredor do Mar Negro destinado às exportações de cereais que a Ucrânia pretende implementar, apesar do bloqueio russo.

Macron e Zelensky também conversaram sobre o ressurgimento da violência no Médio Oriente, com os massacres de israelitas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e a resposta de Israel em Gaza.

"Ambos salientámos a necessidade de proteger os civis e evitar qualquer nova escalada na região", observou o Presidente ucraniano.

A Ucrânia espera uma nova campanha de bombardeamentos russos sobre as suas infraestruturas críticas neste Inverno, semelhante à do ano passado, quando os ataques russos mergulharam milhões de pessoas na escuridão.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Putin diz que envio de mísseis ATACMS só vai "prolongar agonia" de Kyiv

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