"A multiplicação das crises não enfraquecerá de forma alguma o apoio francês e europeu à Ucrânia, que permanecerá enquanto for necessário", sublinhou Macron, durante uma conversa telefónica com Zelensky, informou a presidência francesa.
Os dois líderes discutiram também as capacidades militares da Ucrânia, que espera uma nova campanha de bombardeamentos russos durante o inverno, bem como as necessidades de Kyiv, à medida que esta estação se aproxima.
O chefe de Estado ucraniano sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que o seu país atribui "grande importância à ajuda militar da França", que forneceu canhões de artilharia César e que já prometeu mísseis SCALP de longo alcance.
Os dois discutiram ainda o corredor do Mar Negro destinado às exportações de cereais que a Ucrânia pretende implementar, apesar do bloqueio russo.
Macron e Zelensky também conversaram sobre o ressurgimento da violência no Médio Oriente, com os massacres de israelitas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e a resposta de Israel em Gaza.
"Ambos salientámos a necessidade de proteger os civis e evitar qualquer nova escalada na região", observou o Presidente ucraniano.
A Ucrânia espera uma nova campanha de bombardeamentos russos sobre as suas infraestruturas críticas neste Inverno, semelhante à do ano passado, quando os ataques russos mergulharam milhões de pessoas na escuridão.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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