"Ninguém pode reconciliar os palestinianos e os israelitas sozinho"
As palavras são do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, a propósito dos esforços de mediação dos Estados Unidos no conflito do Médio Oriente.
© EVGENIA NOVOZHENINA/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Sergei Lavrov
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou, na segunda-feira, que os esforços de mediação unilaterais não são suficientes para resolver o conflito palestino-israelita, uma vez que são necessárias medidas coletivas para isso acontecer.
"Estou convencido de que ninguém pode reconciliar os palestinianos e os israelitas sozinho, como os Estados Unidos têm tentado fazer há anos", começou por salientar Lavrov, após uma reunião ministerial no Sul do Cáucaso, citado pela TASS.
De acordo com o ministro russo, "é necessário agir com base no potencial coletivo dos países e da região e, provavelmente, da União Europeia e dos Estados Unidos, uma vez que é difícil fazê-lo sem eles". No entanto, afirmou: "É necessário agir coletivamente, não unilateralmente".
As tensões aumentaram no Médio Oriente depois de o grupo islamita Hamas ter lançado, a 7 de outubro, um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Sobre o conflito entre Arménia e Azerbaijão, os ministros dos Negócios Estrangeiros iraniano e russo tomaram uma posição conjunta contra o envolvimento dos países ocidentais na resolução de tensões regionais.
"Os problemas da região não podem ser resolvidos pela intervenção de forças estrangeiras", declarou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, segundo o seu gabinete.
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