A Procuradoria de Samui, no sul da Tailândia, entregou, esta quarta-feira, ao tribunal um relatório no qual acusa o espanhol Daniel Sancho de homicídio premeditado e ocultação do cadáver do colombiano Edwin Arrieta.
O relatório foi hoje entregue ao tribunal de Samui, conforme confirmaram à EFE fontes do Ministério Público, que tinha até 29 de outubro para o concluir.
O tribunal garante que o Ministério Público mantém as mesmas acusações contra Sancho que tinham sido previamente apuradas pela polícia, que acredita que o filho do ator Rodolfo Sancho terá assassinado, desmembrado e escondido o corpo do cirurgião.
Agora, o juiz deverá marcar a data do julgamento.
A premeditação é uma das chaves do caso, uma vez que, a ser comprovada, Sancho poderá enfrentar pena de morte na Tailândia. Caso se comprove a ausência de premeditação, a pena do espanhol poderá ser reduzida para prisão perpétua com o mínimo 15 anos de cadeia.
Recorde-se que Daniel Sancho entrou na Tailândia como turista a 31 de julho e o crime ocorreu dias depois. De acordo com o Bangkok Post, o espanhol confessou que se encontrou com a vítima pelas 14 horas do dia 2 de agosto e andaram juntos de mota.
Quando voltaram ao hotel, tiveram uma discussão, após o colombiano lhe ter pedido para ter relações sexuais. Sancho terá dado um murro no rosto do amigo, o que o deixou inconsciente.
O homem, em pânico, levou-o depois para a casa de banho, tentando fazê-lo recuperar a consciência - sem sucesso. Depois de esperar uma hora e sem resposta de Edwin Arrieta, o chef decidiu começar a desmembrar o médico, um processo que admitiu ter demorado "três horas".
Por volta das 21 horas do mesmo dia, começou a colocar os restos mortais do cirurgião em sacos plásticos pretos e alugou um caiaque que o ajudou a lançar grande parte deles ao mar. O resto do corpo foi levado para o aterro da ilha, onde horas depois um trabalhador faria a descoberta.
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