"Cada vez damos novos passos rumo a uma guerra em grande escala, nomeadamente com a utilização da arma mais mortífera [os mísseis ATACMS]", afirmou o líder bielorrusso durante um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, em Minsk.
"É alarmante saber que poderemos destruir o sistema de ordem mundial existente, por muito mau e passível de críticas que este seja", declarou Lukashenko, citado pela agência de notícias oficial BELTA.
Segundo o líder bielorrusso, o fornecimento de mísseis ATACMS aos ucranianos constitui uma nova escalada na guerra na Ucrânia.
"A Rússia nunca se contentará com isso e nós também não", afirmou Lukashenko.
O Presidente bielorrusso garantiu que a posição de Minsk relativamente ao conflito no país vizinho é "praticamente a mesma da Hungria".
"Não precisamos desta guerra, assim como vocês", disse Lukashenko a Szijjártó.
O diplomata húngaro afirmou que o seu país manterá abertos os canais de comunicação com a Bielorrússia, apesar da situação atual.
"Manteremos sempre os canais de comunicação abertos, porque se os encerrarmos, perderemos a esperança de paz", disse o político húngaro.
Szijjártó acrescentou que a Hungria não quer que "mais pessoas morram nesta guerra e que haja mais destruição".
"Como isso pode ser evitado? Acabando com a guerra. Nós, húngaros, sabemos que a paz ocorre através de negociações", sublinhou.
Da mesma forma, o dirigente húngaro disse esperar pelo momento que "a cooperação euro-asiática se torne novamente uma realidade".
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