Hanaan Shahin, mãe do menino de seis anos que foi esfaqueado até a morte, nos Estados Unidos, devido ao facto de ser muçulmano e ao conflito em curso no Médio Oriente, quebrou o silêncio sobre o ataque, no qual também ficou ferida. A mulher, de 32 anos, aproveitou o facto de estar a falar publicamente, pela primeira vez, para apelar pela paz.
"Preciso de justiça", confessou Hanaan Shahin, em declarações exclusivas à ABC News. "Como é que tu podes viver sem justiça? E como é que estarás em paz sem justiça?", questionou.
Depois de lembrar o filho como um anjo, a mulher, que recebeu recentemente alta hospitalar, fez um apelo pela paz no mundo.
"Orem pela paz", pediu. "Precisamos de muitas, muitas orações pela paz", acrescentou.
Recorde-se que o caso aconteceu em Plainfield, no estado norte-americano de Illinois.
O atacante, Joseph Czuba, de 71 anos, atacou a dupla, que eram seus inquilinos, por causa do conflito entre Israel e o Hamas, uma vez que eram muçulmanos. Foi acusado de homicídio e de crime de ódio.
Os detetives conseguiram determinar que ambas as vítimas deste ataque brutal foram alvo do suspeito devido ao facto de serem muçulmanas e ao conflito em curso no Médio Oriente envolvendo o Hamas e os israelitas", disse, na altura, o gabinete do xerife do condado de Will.
O homem atacou os dois com uma faca de grandes dimensões, esfaqueando a mãe mais de uma dúzia de vezes. A mulher conseguiu, no entanto, fugir para a casa de banho e contactar as autoridades.
O menino, Wadea, de nacionalidade palestiniano-norte-americana, foi esfaqueado mais de duas dúzias de vezes e mais tarde foi declarado morto num hospital local.
Durante a autópsia, uma faca militar serrilhada com uma lâmina de 15 centímetros foi retirada do abdómen da criança.
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