O grupo islâmico Hamas divulgou, esta segunda-feira, um vídeo com três alegadas reféns israelitas, que criticaram o governo daquele país por não ter protegido o seu povo durante o ataque de 7 de outubro, ao mesmo tempo que apelou a que o executivo faça uma troca de prisioneiros com a Palestina.
Em hebraico, uma das mulher dirigiu-se diretamente ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apontando que os reféns daquele país estão "a ser responsabilizados pelo fracasso político, militar e de segurança do dia 7 de outubro".
"Não havia exército, ninguém veio. Ninguém nos protegeu. Somos cidadãos inocentes que pagam impostos a Israel. Estamos reféns em más condições. Está a matar-nos. Quer matar-nos? Não é suficiente ter matado toda a gente? Não é suficiente a quantidade de cidadãos israelitas que foram mortos? Liberte-nos. Liberte os cidadãos [da Palestina], os seus prisioneiros. Liberte-nos a todos. Deixe-nos voltar às nossas famílias", disse, de acordo com a Al Jazeera.
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— وكالة شهاب للأنباء (@ShehabAgency) October 30, 2023
عدد من الأسرى الصهاينة لدى القسام يوجهون رسالة لنتنياهو والحكومة الصهيونية pic.twitter.com/AJejzTsNPS
O mesmo meio ressalvou desconhecer-se se a mulher foi coagida a proferir este discurso.
Entretanto, Netanyahu assegurou que o Executivo está a "fazer de tudo" para libertar os reféns do Hamas e para encontrar os cidadãos israelitas desaparecidos, através das redes sociais.
"Dirijo-me a Lilana Tropanov, Daniel Aloni e Rimon Kirscht, que foram raptados pelo Hamas, que comete crimes de guerra: Abraço-vos. Os nossos corações estão convosco e com os restantes reféns. Estamos a fazer de tudo para trazer de volta a casa todos os raptados e desaparecidos", escreveu.
E acrescentou, segundo a Al Jazeera: "Isto é propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS."
אני פונה לילנה טרופנוב, דניאל אלוני ורימון קירשט שנחטפו על ידי החמאס שמבצע פשעי מלחמה:
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 30, 2023
אני מחבק אתכן. ליבנו אתכן ועם שאר החטופים.
אנו עושים הכל כדי להחזיר את כל החטופים והנעדרים הביתה.
De notar que, segundo Israel, 239 pessoas ainda estão reféns do Hamas.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
[Notícia atualizada às 14h47]
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