"Há pessoas que já estão hoje em Sumy. Foi fechado um acordo com a Cruz Vermelha e o lado ucraniano de que serão retiradas para a Rússia através da Bielorrússia", informou a mediadora russa para os direitos humanos Tatiana Moskalkova, citada pelas agências de notícias estatais Ria Novosti e Tass.
Kyiv já tinha dito que era a favor desta evacuação, caso Moscovo a solicitasse.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Ucrânia informou que não lhe compete confirmar o anúncio russo.
"Para operações de repatriamento deste tipo, cabe às partes em conflito acordar diretamente os detalhes", disse Pat Griffiths, porta-voz do CICV na Ucrânia.
"Se ambos os lados concordarem com estes detalhes, estamos prontos para apoiar a passagem segura e digna dos civis que desejam regressar à Rússia", acrescentou Griffiths, clarificando que os civis russos em Sumy já estavam a receber assistência da Cruz Vermelha.
O exército ucraniano invadiu a região russa de Kursk em agosto de 2024 e, apesar de uma grande contraofensiva russa, ainda ocupa ali centenas de quilómetros quadrados, que Kyiv espera usar como moeda de troca no caso de negociações com Moscovo.
A Rússia ocupa cerca de 20% do território ucraniano e descartou qualquer troca de território.
Centenas, senão milhares, de civis russos, segundo várias estimativas, ficaram encurralados na ofensiva ucraniana contra a região de Kursk e alguns conseguiram chegar à região fronteiriça ucraniana de Sumy.
Nas últimas semanas, o inconformismo tem crescido entre os familiares destes civis, na Rússia, que culpam Moscovo por não ter feito mais para os evacuar.
As trocas de prisioneiros de guerra, os corpos e o repatriamento de civis têm sido uma rara área de cooperação entre Moscovo e Kyiv desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há três anos.
Leia Também: Polónia anuncia aumento da presença militar norte-americana no país