Exército israelita faz 'incursão seletiva' no sul da Faixa de Gaza

O exército israelita informou hoje que entrou no sul a Faixa de Gaza, onde estão cerca de 1,5 milhões de civis deslocados, mantendo a ofensiva na região contra o Hamas apesar dos apelos para um cessar-fogo humanitário.

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© JACK GUEZ/AFP via Getty Images

Lusa
04/11/2023 08:34 ‧ 04/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Durante a noite [de sexta-feira], numa incursão direcionada no sul da Faixa de Gaza, corpos blindados e de engenharia das Forças de Defesa de Israel operaram para mapear edifícios e neutralizar dispositivos explosivos", disse um porta-voz do exército.

Nesta operação, os soldados "encontraram uma célula terrorista a sair de um túnel e, em resposta, as tropas dispararam contra os terroristas matando-os", acrescentou, citado pela Efe.

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.

Desde o início da escalada e invocando preocupações de segurança, Israel ordenou a retirada dos civis que viviam no norte do estreito enclave para o sul, deslocando cerca de 1,5 milhões de habitantes de Gaza - mais de metade da população total - num contexto de grave escassez de combustível.

No entanto, as forças israelitas continuaram a bombardear a parte sul da Faixa, onde as condições de vida dos habitantes de Gaza são cada vez mais críticas devido à sobrelotação, ao colapso dos hospitais e à escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Por seu lado, o Hamas e outras milícias palestinianas continuaram a disparar foguetes contra Israel, fazendo soar as sirenes mesmo em Telavive e Jerusalém, embora a maioria dos projéteis seja intercetada pelos sistemas de defesa aérea.

Leia Também: AO MINUTO: ONU condena ataque contra ambulâncias; EUA sobrevoam Gaza

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