Os elementos do Hezbollah foram feitos prisioneiros antes do cessar-fogo que pôs fim aos combates em 27 de novembro de 2024, disse a fonte, que pediu para não ser identificada devido à natureza sensível do assunto.
Além dos prisioneiros, quatro pessoas foram detidas pelo exército de Israel no domingo em aldeias fronteiriças no sul do Líbano, onde centenas de residentes tinham entrado sem esperar pela retirada israelita, acrescentou.
Nos termos do acordo que pôs fim à guerra entre o Hezbollah e Israel, o exército israelita deveria ter completado a retirada do sul do Líbano no domingo, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU deveriam ser colocados a partir de agora.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse hoje que concordou em prorrogar a aplicação do acordo até 18 de fevereiro, após mediação dos Estados Unidos.
"A pedido do Governo libanês, os Estados Unidos iniciarão negociações para repatriar os libaneses detidos nas prisões israelitas que foram detidos por Israel depois de 07 de outubro [de 2023]", acrescentou.
O exército israelita anunciou em 15 de outubro a captura de três combatentes do Hezbollah no sul do Líbano e, dois dias antes, a detenção de um outro combatente.
A guerra, que começou em outubro de 2023, causou mais de 4.000 mortos, segundo as autoridades libanesas, e enfraqueceu o Hezbollah.
Nos termos do acordo, o Hezbollah deve retirar os combatentes e desmantelar todas as infraestruturas militares que restam no sul do país.
Israel e o Hezbollah já trocaram prisioneiros no passado, a última vez em 2008.
A guerra entre Israel e o Hezbollah teve origem no apoio do grupo pró-iraniano aos extremistas palestinianos do Hamas, que sofreram uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza depois de terem atacado solo israelita em 07 de outubro.
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