Segundo um comunicado, através deste pacote, a UE "está pronta a financiar a compra e o transporte de gás natural para a região da Transnístria, a fim de ajudar a restabelecer a eletricidade e o aquecimento para os mais de 350 mil habitantes da região até 10 de fevereiro de 2025".
Este pacote de assistência surge numa altura em que a região da Transnístria está a atravessar uma grave crise energética.
Desde 01 de janeiro, a gigante energética russa Gazprom não tem honrado a sua obrigação contratual de canalizar gás para a região.
Em consequência, a região tem de contar com as reservas de carvão e de gás para fornecer eletricidade e aquecimento à sua população, o que é insuficiente para cobrir as suas necessidades.
A 13 de dezembro de 2024, a Moldova decretou estado de emergência energética durante 60 dias, na iminência de uma crise humanitária perante a ameaça da suspensão do fornecimento de gás russo à Europa através da Ucrânia. A região separatista da Transnístria também declarou estado de emergência.
Após o início da guerra russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o Governo de Kyiv declarou que não iria prolongar o contrato de cinco anos assinado em 2019 com o consórcio de gás russo Gazprom para a passagem do seu gás pelo território ucraniano.
A região separatista da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.
Kyiv chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da região separatista.
A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.
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