China alerta diplomatas para riscos de corrupção e infiltração
O órgão máximo anticorrupção do Partido Comunista Chinês advertiu hoje os diplomatas do país para estarem atentos aos "riscos" de serem "tentados a agir de forma corrupta", sobretudo os que lutam contra "forças hostis do Ocidente".
© Reuters
Mundo China
"Os funcionários na linha da frente dos Negócios Estrangeiros, especialmente os que lutam contra algumas forças hostis do Ocidente, correm risco relativamente elevado de serem coagidos a atividades corruptas", escreveu Zhang Jingwen, dirigente da Comissão Central de Disciplina e Supervisão, num artigo difundido através da publicação oficial da agência.
O responsável alertou para a "falta de previsão e de planeamento integral" em algumas instituições e para os riscos de "fuga de informações confidenciais", "infiltração" e "deserção".
Alguns funcionários continuam a "aceitar presentes e dinheiro de entidades externas", a "efetuar viagens não autorizadas com fundos públicos" e a "receber subsídios irregulares", acrescentou Zhang.
O funcionário exortou os diplomatas do país a "não utilizarem os recursos acumulados e os seus contactos dentro dos Negócios Estrangeiros para benefício pessoal".
No verão, o Ministério da Segurança do Estado da China apelou à mobilização de "toda a sociedade" para "prevenir e combater a espionagem" e anunciou uma série de medidas para "reforçar a defesa nacional" contra as "atividades dos serviços secretos estrangeiros".
Em abril, a China aprovou uma emenda à lei de contraespionagem para incluir a "colaboração com organizações de espionagem e seus agentes" na categoria de espionagem.
A legislação passou também a proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional e alargou a definição de espionagem, à medida que o Presidente chinês, Xi Jinping, enfatiza a necessidade de se construir uma "nova arquitetura de segurança".
Todos os "documentos, dados, material e itens relacionados com a segurança e interesses nacionais" passaram a estar sob o mesmo grau de proteção que os segredos de Estado, de acordo com a emenda.
Nos últimos meses, as investigações sobre empresas de consultadoria e empresas estrangeiras na China suscitaram preocupações no setor e em potenciais investidores estrangeiros.
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