Organização Mundial do Trabalho pede 20 milhões de dólares para Palestina

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu hoje 20 milhões de dólares (18,6 milhões de euros) para um programa de ajuda aos trabalhadores e empresas da Palestina afetados pelo conflito entre Israel e o Hamas.

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© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/11/2023 16:13 ‧ 09/11/2023 por Lusa

Mundo

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O programa terá como objetivo "fornecer ajuda imediata e assistência a longo prazo para mitigar os efeitos da crise em centenas de milhares de trabalhadores e empregadores palestinianos afetados", explicou a organização em comunicado.

"As hostilidades causaram uma perda trágica de vidas humanas e de meios de subsistência, empregos, rendimentos, empresas e infraestruturas civis", afirmou o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo.

Quase 6.000 trabalhadores da Faixa de Gaza que trabalhavam em Israel antes do atual conflito e que estão atualmente retidos na Cisjordânia enfrentam "condições terríveis", segundo a OIT.

Os trabalhadores e comerciantes palestinianos com autorizações válidas não podem entrar em Israel ou em Jerusalém Oriental através de quaisquer postos de controlo, e também foram aplicadas restrições ao comércio de bens vitais que transitam de para destinos a Palestina.

"Enquanto isso, os trabalhadores humanitários e de saúde da ONU que prestam assistência vital no terreno enfrentam circunstâncias extremamente perigosas", acrescenta o comunicado da organização.

A OIT estima que pelo menos 61% dos empregos em Gaza e quase 25% do emprego na Cisjordânia foram perdidos desde o início das hostilidades, em 07 de outubro, resultando numa perda de rendimento diário do trabalho de 16 milhões de dólares (14,9 milhões de euros) nos territórios palestinianos ocupados.

Mesmo antes do conflito, a Faixa de Gaza tinha uma das taxas de desemprego mais elevadas do mundo, que a OIT estimava em 46,4% para o segundo trimestre de 2023.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, em bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Ministra britânica critica polícia por autorizar protesto pró-Palestina

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