Capitólio? Aliado de Trump recorre de condenação por obstrução ao poder

Steve Bannon, aliado do ex-presidente Donald Trump, recorreu quinta-feira da sua condenação por obstrução ao poder, após recusar-se a cooperar com a comissão do Congresso que investigou o ataque de 06 de janeiro ao Capitólio dos Estados Unidos.

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© David Dee Delgado/Getty Images

Lusa
10/11/2023 06:24 ‧ 10/11/2023 por Lusa

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O advogado de Bannon defendeu que o seu cliente não ignorou a intimação, mas estava a tentar evitar entrar em conflito com as objeções de privilégio executivo levantadas por Trump.

"Bannon agiu da única maneira que o seu advogado entendeu que lhe foi permitido comportar-se", sublinhou o advogado David Schoen, acrescentando que Bannon foi injustamente impedido de apresentar esse argumento no julgamento.

Os procuradores, porém, disseram que o ex-conselheiro de Trump não se mantinha em funções na Casa Branca durante o período que antecedeu 06 de janeiro de 2021 e recusou-se a cooperar com o comité para determinar se havia perguntas que pudesse responder.

"Bannon optou deliberadamente por não cumprir de forma alguma a intimação legal do Congresso", sublinhou a procuradora Elizabeth Danello.

O Tribunal de Apelações dos EUA para o distrito de Columbia aceitou o recurso.

Bannon, de 69 anos, foi condenado em julho por duas acusações de desacato ao Congresso e posteriormente sentenciado em agosto a quatro meses de prisão.

Um segundo assessor de Trump, o conselheiro comercial Peter Navarro, também foi condenado por desrespeito ao Congresso em setembro e também prometeu recorrer.

O painel da Câmara dos Representantes procurou obter o seu testemunho sobre os esforços de Trump para anular as eleições presidenciais de 2020.

Este comité concluiu o seu trabalho em janeiro, após um relatório final que dizia que Trump se envolveu criminalmente numa "conspiração multifacetada" para anular os resultados legais das eleições de 2020 e não agiu para impedir que uma multidão de seus apoiantes desmobilizasse, o que resultou no ataque ao Capitólio.

Bannon também deverá ser julgado em maio por acusações separadas de lavagem de dinheiro, fraude e conspiração em Nova Iorque, relacionadas com a campanha "We Build the Wall", processo em que se declarou inocente.

Neste caso, é acusado de prometer falsamente às pessoas que todas as doações seriam destinadas à construção de um muro ao longo da fronteira entre os EUA e o México.

Em vez disso, os procuradores alegam que o dinheiro foi utilizado para enriquecer Bannon e outros envolvidos no projeto lançado por Donald Trump durante a sua presidência.

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