Zaniar Matapour, um cidadão norueguês de origem iraniana, que em junho de 2022 levou a cabo um tiroteio mortal em Oslo, horas antes de uma marcha do Orgulho LBGT, foi acusado, esta sexta-feira, de terrorismo agravado.
Recorde-se que o tiroteio ocorreu no dia 25 de junho de 2022 e resultou na morte de duas pessoas. Mais de duas dezenas de pessoas ficaram feridas, nove delas em estado grave. O ataque ocorreu em três locais, afetando, sobretudo, um popular bar gay.
O procurador Sturla Henriksbø, citado pela Associated Press, afirmou que o atacante, de 44 anos, disparou 10 tiros com uma metralhadora e oito tiros com uma pistola contra uma multidão, junto a um bairro noturno onde havia um total de 560 pessoas. Antes disso, fez "um juramento de lealdade ao grupo Estado Islâmico".
O homem foi detido após o ataque e desde então que se encontra preso. Após o ataque, uma marcha do Orgulho LGBT foi cancelada.
Aud Kinsarvik Gravås, outra procuradora, informou que outros quatro suspeitos estavam ligados ao ataque, mas não foram acusados, uma vez que a investigação ainda está em curso. Dois destes quatro suspeitos estão fora da Noruega e um deles é um importante islamista radical norueguês que está escondido no Paquistão. O paradeiro do outro não é conhecido.
"Acreditamos que levará algum tempo até que retornem à Noruega", disse. "É importante sublinhar que mesmo que a acusação se aplique apenas a Matapour, isso não significa que a suspeita contra os outros no caso tenha enfraquecido", acrescentou ainda.
O julgamento contra Matapour deverá começar em março e durará dois meses. Caso seja considerado culpado, pode enfrentar 30 anos de prisão.
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