"A operação humanitária em Gaza será interrompida nas próximas 48 horas, uma vez que nenhum combustível foi autorizado a entrar em Gaza", que está cercada pelas tropas israelitas, declarou Thomas White na rede social X (antigo Twitter).
"Esta manhã, dois dos nossos principais subcontratantes de distribuição de água pararam de funcionar -- simplesmente ficaram sem combustível --, o que vai privar 200 mil pessoas de água potável...", sublinhou o responsável da ONU.
Segundo White, "nenhum combustível entrou em Gaza desde 07 de outubro".
"Uma decisão difícil -- combustível para um hospital ou combustível para produzir água potável -- ambos salvam vidas. Infelizmente, esta não é uma hipótese", lamentou.
Na Faixa de Gaza, mais da metade dos 2,4 milhões de habitantes estão deslocados e agora estão totalmente dependente da ajuda humanitária para sobreviver, argumentou o funcionário da UNRWA.
Os ataques levados a cabo pelo grupo islamita Hamas - considerado terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel - em 07 de outubro causaram a morte de cerca de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas em Israel.
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, contabilizaram no domingo 11.180 mortos, 3.250 desaparecidos nos escombros, 28.200 feridos e 1,5 milhões de deslocados, enquanto mais de 180 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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