Pelo menos 24 pessoas morreram no último dia devido a esta doença tropical infecciosa, elevando o número total de mortes para 1.520 entre janeiro e novembro, superando o recorde histórico de 281 mortes registadas no ano passado.
As autoridades também relataram um total de 296.665 infeções este ano devido a esta infeção viral transmitida por mosquitos fêmeas, principalmente da espécie Aedes.
Os especialistas e ativistas pelo direito à saúde acusaram as autoridades do país asiático de negligência.
"É apenas um problema de governação", disse o entomologista e presidente da Sociedade Zoológica de Bangladesh, Manjur Ahmed Chowdhury.
"Os responsáveis pelo controlo da epidemia não demonstram nenhuma preocupação, a situação não teria sido tão grave se não tivessem sido tomadas as medidas adequadas", acrescentou Chowdhury.
Os casos de dengue na região geralmente começam a aumentar a partir de julho e a diminuir em outubro, coincidindo com a estação chuvosa que incentiva a reprodução dos mosquitos portadores, mas este ano as mortes têm continuado em novembro, apesar da diminuição das temperaturas.
Alguns especialistas alertaram que fatores como as alterações climáticas, a urbanização não planeada ou a má gestão do abastecimento de água contribuem para aumentar a incidência da doença infecciosa.
"Os casos podem diminuir com a chegada do inverno, mas as larvas do mosquito Aedes continuarão inativas. O próximo ano poderá ser catastrófico, a menos que os seus habitats sejam destruídos", afirmou a entomologista e professora da Universidade de Jagannath, Afroza Sultana.
Os sintomas da doença incluem dor de cabeça, dores musculares e articulares e erupções cutâneas no corpo, bem como fadiga prolongada.
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