Guerra na Faixa de Gaza já matou 42 profissionais da comunicação social
Cinco jornalistas e dois profissionais dos meios de comunicação locais foram mortos por bombardeamentos israelitas entre sábado e hoje, elevando para 42 o número de repórteres mortos desde o início da guerra.
© Doaa Albaz/Anadolu via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas, uma organização sem fins lucrativos que luta por um jornalismo livre em todo mundo, ao dia hoje morreram 42 repórteres, entre jornalistas e outros trabalhadores de meios de comunicação, na guerra entre Israel e o Hamas.
"Os jornalistas em Gaza enfrentam riscos particularmente elevados quando tentam cobrir o conflito durante o ataque terrestre israelita, incluindo os devastadores ataques aéreos israelitas, a interrupção das comunicações, a escassez de abastecimentos e os cortes de energia extensos", refere o Comité.
De acordo com o organismo, entre os 42 repórteres de quem conseguiram confirmar a morte estão 37 palestinianos, quatro israelitas e um libanês.
Refere ainda que o mês de novembro tornou-se no "mês mais mortífero para os jornalistas desde que o CPJ começou a recolher dados, em 1992".
Por outro lado, segundo a agência EFE, entre os mortos estão Sari Mansour e Hasouneh Salim, ambos mortos em ataques ao campo de refugiados de Al Bureij, no centro de Gaza, quando se encontravam na mesma casa, indica a imprensa local.
Outro dos mortos é Mustafa Al Sawaf, um jornalista veterano que trabalhou para meios de comunicação social como a BBC, um conhecido analista político e escritor palestiniano, que foi morto por bombardeamentos israelitas contra a sua casa em Gaza.
Além destes, foram também mortos Musab Ashour, um fotojornalista local, Abdelhamid Awad, empregado da rádio Al Aqsa, e Amer Abu Hayya, que trabalhava para a estação de televisão Al Aqsa.
Bilal Jadallah, diretor da Casa da Imprensa, um espaço que promovia o jornalismo local e um local de trabalho comum para os jornalistas em Gaza, foi morto hoje.
Jadallah "foi alvo de um bombardeamento direto do seu carro na cidade de Gaza, ilustrando a dinâmica dos crimes sistemáticos" perpetrados por Israel "contra os jornalistas", segundo o Gabinete de Comunicação do Governo, controlado pelo Hamas.
Segundo a mesma fonte, já foram mortas 60 pessoas em Gaza que eram jornalistas, influenciadores das redes sociais ou autores que escreviam ou publicavam nos meios de comunicação social.
"Os jornalistas são um dos principais alvos entre os muitos alvos contra o nosso povo", em ataques que "têm como objetivo silenciar a voz da verdade", acrescentou.
Desde o início da guerra entre o exército israelita e o Hamas, em 07 de outubro, os jornalistas de Gaza têm pagado um preço elevado, uns mortos enquanto faziam reportagens no terreno, outros nas suas próprias casas, em bombardeamentos juntamente com outros membros das suas famílias, como está a acontecer a milhares de civis na Faixa de Gaza.
O número de habitantes de Gaza mortos em 44 dias de guerra ultrapassa os 16.000, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, que continua a enfrentar uma incursão terrestre israelita no enclave, iniciada a 27 de outubro.
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