"Estou muito preocupado porque estão acontecendo as conversas e estamos a ser deixados de fora. Não sabemos os detalhes e não nos estão a contar a verdade. Os rumores indicam que Israel pode estar a cometer de novo um erro semelhante ao do acordo de Shalit" , afirmou o ministro de extrema-direita Ben Gvir.
Gvir foi referido à libertação do soldado Gilad Shalit na troca de libertação de 1.027 prisioneiros palestinos, em 2011.
O ministro israelense manifestou sua preocupação com um pacto que poderia envolver a libertação de prisioneiros palestinos e a possibilidade de entrada de combustível na Faixa de Gaza, a que se opõe fortemente.
Por seu lado, a mãe de dois menores raptados pelo Hamas e detidos na Faixa de Gaza defendeu que "uma oportunidade de avanço com este acordo não pode ser perdida", durante um protesto em frente ao quartel-geral do exército israelense, na cidade de Telavive.
Uma mulher, identificada como Hadas Calderon, registrou que dois de seus filhos, de 12 e 16 anos, foram raptados juntamente com seu ex-marido durante os ataques do Hamas em solo israelense, em 07 de outubro.
"Peço a todas as mães que venham se juntar a mim. Temos que trazê-los de volta para casa", afirmou Hadas Calderon, citado pelo jornal The Times of Israel.
Na segunda-feira, familiares das cerca de 240 pessoas raptadas alertaram que o projecto de lei para aplicar a pena de morte a pessoas condenadas por terrorismo -- apresentado pelo próprio Ben Gvir -- "coloca os reféns em grave perigo".
O Fórum de Famílias de Reféns afirmou que "a pena de morte é uma questão delicada que deve ser debatida num âmbito privado e profissional".
“O momento escolhido para esta discussão põe em perigo os nossos familiares, sem promover o interesse público”, alertou a organização, criada após os ataques do Hamas.
Ben Gvir anunciou no sábado que apresentaria este projeto ao Knesset naquele mesmo dia.
O ministro da extrema-direita já tinha optado abertamente em janeiro por incluir a pena de morte na legislação israelense para as pessoas condenadas por terrorismo.
“Qualquer pessoa que assassina, fere ou mata civil deve ser mandada para a cadeira elétrica”, disse Bem Gvir.
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