"O Supremo Tribunal de Islamabad anulou o julgamento realizado nas instalações da prisão" onde Khan está detido, declarou o PTI, citado pela agência espanhola EFE.
Khan está detido juntamente com o vice-presidente do PTI, Shah Mahmood Qureshi, acusado do mesmo crime.
Os advogados e familiares dos dois políticos tinham questionado a transparência do julgamento na prisão.
Acusaram mesmo o Governo e o exército de se quererem livrar de Khan com um julgamento secreto antes das eleições gerais previstas para fevereiro de 2024.
Em agosto, antes da primeira audiência do processo, o Ministério da Justiça ordenou que o julgamento se realizasse na prisão de Adiala, perto de Islamabad, por razões de segurança.
Khan e Qureshi são acusados de divulgar correspondência diplomática entre Washington e Islamabad, que o ex-primeiro-ministro afirma ser uma prova de uma alegada conspiração norte-americana para o derrubar do poder.
Os Estados Unidos e o Paquistão negaram a alegação.
Embora a veracidade do documento tenha sido negada pelo Governo paquistanês, Khan foi acusado de ter cometido um crime de violação da Lei dos Segredos Oficiais do país.
Antiga estrela internacional de críquete, Khan, 71 anos, governou o Paquistão entre agosto de 2018 e abril de 2022, quando foi derrubado ao perder a votação de uma moção de censura no parlamento.
Em agosto, foi condenado a três anos de prisão por corrupção, depois de ter sido acusado de ocultação de bens recebidos quando liderava o executivo.
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