As primeiras mulheres e crianças israelitas a serem libertadas de Gaza, esta sexta-feira, ao abrigo de uma trégua de Israel com o Hamas, regressarão a casa sob vigilância militar, com medidas destinadas a reduzir a coação e a tratar de quaisquer complicações médicas imediatas.
Antes da libertação dos reféns, que ainda não foram identificados, a força aérea israelita publicou imagens de bonecos, tapetes coloridos e 'kits' de higiene pessoal nos locais previstos para os receber de helicóptero, noticia a Reuters.
De recordar que o Hamas deverá entregar o grupo de cerca de 240 pessoas, que se encontrava feito refém na Faixa de Gaza, ao vizinho Egito. Em contrapartida, Israel libertará 39 palestinianos das suas prisões.
A troca faz parte de um cessar-fogo temporário que entrou em vigor na Faixa de Gaza, esta sexta-feira, a primeira pausa em 48 dias de um conflito entre Israel e o Hamas que devastou o enclave palestiniano.
"Hoje é a primeira luz ao fundo do túnel. Estamos todos juntos nisto", referiu um tenente-coronel da Força Aérea, citado pela agência de notícias.
Depois de aterrarem em Israel, os reféns receberão cuidados médicos preliminares e serão enviados para vários hospitais para se reunirem com as suas famílias.
As tripulações dos helicópteros incluirão médicos e oficiais com formação em comunicação e aconselhamento. "As pessoas apresentar-se-ão pelo nome e manterão o contacto visual, a fim de permitir que os prestadores de cuidados e as equipas de apoio façam o seu trabalho da melhor forma possível", revelou o funcionário israelita.
Entre as outras medidas destinadas a reduzir o stress, inclui-se a emissão de auscultadores com cancelamento de ruído, incluindo para as crianças, "para facilitar a experiência de voo e proporcionar-lhes paz e sossego", acrescentou.
Enquanto os adultos libertados podem esperar ser interrogados pelos agentes de segurança israelitas para obterem informações sobre o seu cativeiro e o destino dos outros ainda detidos pelo Hamas, as crianças reféns serão poupadas, segundo os meios de comunicação social locais.
De recordar que duas fontes próximas ao movimento islamita palestiniano Hamas afirmaram à agência France-Presse que 13 reféns sequestrados em 7 de outubro foram entregues na Faixa de Gaza ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para retornarem a Israel.
A guerra entre o Hamas e Israel eclodiu quando membros do movimento islamita invadiram o sul de Israel, matando pelo menos 1.200 pessoas, na maioria civis, e fazendo reféns, incluindo bebés, mulheres e idosos, bem como soldados.
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