A afirmação foi feita pela administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, poucas horas após o início da primeira trégua entre Israel e o Hamas e ao fim de um mês e meio de guerra.
"Os Estados Unidos saúdam a pausa nas hostilidades em Gaza como uma oportunidade para acelerar a prestação segura de assistência humanitária vital a civis palestinianos em grande necessidade e facilitar a libertação de reféns capturados pelo Hamas após 48 dias angustiantes de cativeiro", disse Power num comunicado.
Com aproximadamente 1,7 milhões de pessoas deslocadas internamente e 2,2 milhões de civis necessitados de assistência humanitária, a magnitude das necessidades humanitárias em Gaza "é impressionante", detalhou.
O cessar-fogo, que faz parte de um acordo para a libertação de 50 reféns israelitas em troca de 150 prisioneiros palestinianos, durará quatro dias e poderá ser estendido para dez se o Hamas entregar mais pessoas sequestradas e servirá também para a entrada de ajuda humanitária para o enclave.
Esta pausa, observou a USAID, é "um resultado direto da diplomacia americana" e "permitirá às organizações humanitárias entregar alimentos, medicamentos, água e outra ajuda vital aos civis".
Além disso, acrescentou, "facilitará a evacuação de doentes, feridos e outras pessoas vulneráveis que enfrentam condições extremamente difíceis".
Os Estados Unidos estão em coordenação direta com os Governos de Israel e do Egito, a ONU e outros intervenientes internacionais para transferir assistência humanitária e pessoal para Gaza.
Até à data, Washington entregou cerca 226,8 toneladas em assistência alimentar àquela região.
"Continuaremos a enfatizar às partes a importância crítica de proteger os civis de acordo com o direito humanitário internacional", acrescentou a responsável da USAID.
Desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou, em 07 de outubro, o número de mortos ultrapassou os 14.800, incluindo 4.000 crianças e 6.000 mulheres.
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