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ONU deplora execuções no Irão e pede fim da pena de morte

As Nações Unidas (ONU) deploraram hoje as execuções de dois jovens, de 17 e 22 anos, na passada sexta-feira no Irão e instaram Teerão a parar imediatamente de aplicar a pena de morte.

ONU deplora execuções no Irão e pede fim da pena de morte
Notícias ao Minuto

23:02 - 28/11/23 por Lusa

Mundo Elizabeth Throssell

"A execução de Hamidreza Azari, acusado de homicídio, é a primeira execução relatada de um alegado delinquente infantil no Irão este ano", disse Elizabeth Throssell, porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas, num comunicado de imprensa.

Throssell lembrou a Teerão a sua obrigação, ao abrigo das convenções internacionais, de proibir as penas de morte e a sua aplicação a crimes cometidos por menores de 18 anos.

"Também estamos preocupados com a execução, no mesmo dia, de Milad Zohrevand, de 22 anos, a oitava pessoa executada em conexão com os protestos de setembro de 2022", acrescentou Throssell.

"As informações disponíveis indicam que o seu julgamento não cumpriu os requisitos básicos do devido processo legal ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos. Informações perturbadoras também indicam que os pais de Zohrevand foram presos após a sua execução", acrescentou.

A representante da ONU "deplorou essas execuções".

O Irão tem sido abalado por um movimento de protesto desde a morte, em 16 de setembro de 2022, da jovem de 22 anos Mahsa Amini, três dias após a sua detenção pela polícia da moral que a acusou de ter violado o rigoroso código de vestimenta imposto para mulheres, em particular o uso do véu.

O Irão lançou uma repressão abrangente para travar os protestos que deixaram centenas de mortos e milhares de detidos, segundo grupos de direitos humanos.

Throssell disse que o Irão é um dos países com o maior número de sentenças de morte, especialmente por crimes relacionados com drogas, e onde as minorias foram desproporcionalmente condenadas à morte.

A porta-voz instou o Irão a parar imediatamente de usar a pena de morte e a estabelecer uma moratória sobre a sua aplicação.

Mais de 600 pessoas foram executadas no Irão desde o início do ano, o número anual mais elevado em oito anos e quando falta pouco mais de um mês para o final de 2023, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede na Noruega.

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