O antigo agente da polícia de Minneapolis, Derek Chauvin, voltou no domingo à prisão em Tucson, no Arizona, para continuar a cumprir a sua pena. O recluso havia sido retirado do estabelecimento prisional, no passado dia 24 de novembro, após ter sido esfaqueado mais de 20 vezes por outro recluso.
A família de Chauvin argumenta que o antigo polícia - que está a cumprir uma pena de 22 anos de prisão - corre risco de vida no estabelecimento profissional, segundo afirmou a mesma através de um comunicado do advogado, Gregory Erickson, citado pela Associated Press.
O condenado foi atingido 22 vezes por outro recluso, John Turscak, de 52 anos, que está a cumprir uma sentença que terminaria em 2026. Turscak admitiu aos guardas prisionais que teria matado o antigo polícia se as autoridades não tivessem chegado tão depressa à biblioteca da prisão de Tucson .
John Turscak revelou às autoridades que pretendia atacar Chauvin há cerca de um mês devido ao seu mediatismo, mas garantiu que o objetivo não era matá-lo. O ataque surgiu na sexta-feira da 'Black Friday', uma data escolhida pelo agressor pelo simbolismo, relacionado com o movimento 'Black Lives Matter' e um outro símbolo do gangue ao qual Turscak se associa.
Derek Chauvin ficou conhecido em 2020 quando foi filmado por transeuntes a matar George Floyd: numa agora famosa operação policial, Chauvin deteve Floyd e pressionou o seu joelho contra o pescoço do homem durante longos minutos, acabando por matá-lo. A investigação policial e judicial ao incidente provou que o uso da força dos agentes naquele dia foi excessivo e que a prática de manobras proibidas pelos departamento policial foi crucial na morte de Floyd.
As imagens e sons do crime contra George Floyd tornaram-se nos maiores símbolos do movimento antirracista negro nos Estados Unidos, levando a grandes protestos contra a violência racial e a brutalidade policial no país. Os protestos ultrapassaram as fronteiras dos EUA e espalharam-se pelo mundo fora, mas as manifestações também serviram para apelar a uma série de questões no âmbito do racismo estrutural no mundo ocidental, nomeadamente a reparações históricas pelo colonialismo, a devolução de peças de arte e à reavaliação de certas estátuas e monumentos em homenagem a figuras colonialistas ou racistas.
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