"Esta catástrofe custou a vida a 76 pessoas na região de Katesh", a cerca de 300 quilómetros a norte da capital Dodoma, provocando fortes deslizamentos de terra que arrastaram dezenas de veículos e casas, lamentou a chefe de Estado, depois de se ter encontrado com sobreviventes.
As chuvas torrenciais "são também um sinal de alerta para que o Governo tome as medidas necessárias para detetar os sinais e avisar as pessoas com antecedência, a fim de evitar consequências graves como estas", prosseguiu, acrescentando que esta "catástrofe destruiu também infraestruturas e atividades económicas".
"A nossa tarefa agora é restaurar a situação aqui", declarou, depois de interromper a sua viagem à conferência sobre o clima COP28, no Dubai, para visitar o local.
As imagens transmitidas pelas estações de televisão locais mostravam ruas cheias de destroços de casas, enquanto o tráfego e o fornecimento de eletricidade estavam interrompidos.
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, endereçou condolências à Presidente da Tanzânia.
"Neste momento de dor, gostaria de exprimir, em nome do Povo e do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, as nossas sentidas condolências", referiu Filipe Nyusi, numa nota distribuída pela Presidência moçambicana.
A África Oriental tem sido atingida desde há semanas por chuvas torrenciais e inundações ligadas ao fenómeno meteorológico El Niño, que deslocou mais de um milhão de pessoas na Somália e causou mais de 300 mortos na região.
O fenómeno El Niño, geralmente associado ao aumento das temperaturas, à seca em certas regiões do mundo e a chuvas torrenciais noutras, deverá manter-se até abril.
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