O voo, inicialmente marcado para sair às 15h50 (13h50 em Lisboa), foi cancelado com os passageiros já a bordo da aeronave.
O comandante do voo (DT582) alegou que o motivo do cancelamento foi o mau tempo na capital moçambicana, embora aeronaves das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que fazem percursos internos tivessem aterrado, apesar da chuva.
Após o cancelamento, os passageiros, alguns com voos para outras capitais agendados a partir de Luanda, com destaque para Lisboa, ficaram mais duas horas à espera de informações nas instalações da companhia, que assumiu a responsabilidade de custear a hospedagem na capital moçambicana.
Em declarações à agência Lusa, a equipa da TAAG no Aeroporto Internacional de Maputo alegou, primeiro, que o atraso se deveu a indisposição de um tripulante, tendo posteriormente considerado que o percurso foi cancelado porque o comandante excedeu as suas horas de voo.
O novo voo ficou agendado para domingo as 10h00 locais (08h00 em Lisboa).
A TAAG atravessa um período marcado por conflitos laborais, com um processo de reestruturação em curso e um acumular de queixas dos passageiros, descontentes com os frequentes atrasos e cancelamentos de voos da companhia.
Na terça-feira, o Estado angolano decidiu mudar a gestão da TAAG, escolhendo António dos Santos Domingos para presidente do conselho de administração e Nelson de Oliveira, que regressa à "casa" onde trabalhou 38 anos, para presidente executivo.
Mas a empresa também regressou aos lucros, tendo registado um resultado líquido de 460,1 milhões de kwanzas (cerca de 900 mil euros ao câmbio da altura), em 2022, após anos de prejuízos.
O Governo angolano quer privatizar a TAAG, mas não se compromete com datas.
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