"Os serviços de segurança e de polícia da Dinamarca prenderam sete terroristas que atuavam em nome da organização terrorista Hamas, frustrando um ataque que visava matar civis inocentes em solo europeu", afirmou o Governo de Telavive, em comunicado.
"Nos últimos anos, mas especialmente desde o ataque mortal de 07 de outubro [quando o movimento islamita atacou inicialmente Israel, provocando uma guerra que já dura há mais de dois meses], o Hamas tem procurado expandir as suas capacidades operacionais em todo o mundo, particularmente na Europa, para atingir o seu objetivo de atacar israelitas, judeus e alvos ocidentais a qualquer custo", refere o comunicado.
"Felicitamos os nossos parceiros de segurança e polícia da Dinamarca pelo sucesso da sua operação antiterrorista", que "expõe a expansão da infraestrutura do Hamas na Europa", acrescenta.
De acordo com a polícia e os serviços de inteligência dinamarqueses (PET) foram detidas três pessoas na Dinamarca e uma outra nos Países Baixos numa operação conjunta por suspeita de conspiração para realizar "um ato terrorista".
O diretor de operações do PET, Flemming Drejer, adiantou, em conferência de imprensa hoje realizada, que o grupo -- que disse estar ligado a uma rede -- tinha ligações com países estrangeiros e com o crime organizado
Os serviços de inteligência consideraram a ameaça terrorista "crítica", colocando-a no nível quatro de um total de cinco.
A Dinamarca e a vizinha Suécia foram recentemente alvo de revolta por parte de países muçulmanos, quando cidadãos em ambos os países profanaram o Corão.
No início deste mês, a comissária de Assuntos Internos da União Europeia, Ylva Johansson, considerou que a Europa enfrenta um "enorme risco de ataques terroristas" durante o período de férias de Natal devido às consequências da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
O ataque inicial do Hamas a Israel, sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948, provocou, segundo as autoridades de Telavive, 1.200 mortos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como água, medicamentos e combustível.
Embora os dois lados tenham feito uma trégua de alguns dias para troca de prisioneiros e acesso de ajuda humanitária, as autoridades palestinianas referem contabilizar mais de 15.000 mortos do seu lado.
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