"Vamos aprender as lições", disse Netanyahu, numa declaração na televisão israelita, acompanhado pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e pelo ministro sem pasta Benny Gantz.
O chefe do governo acrescentou que Israel manterá "o esforço militar e diplomático" para garantir que todos os reféns regressem a casa.
Netanyahu lamentou a "morte trágica dos nossos três reféns", quando "procuravam a salvação e o desastre aconteceu", observou.
"O que teria acontecido se..., se tivesse sido diferente... Estávamos tão perto de abraçá-los", disse Netanyahu, tal como muitos israelitas perante o trágico fim dos três reféns. "Mas não podemos voltar no tempo", alertou, antes de lembrar que todos os combatentes sabem que "a distância entre a vitória e o desastre é da largura de um fio de cabelo".
O governante sublinhou que a ofensiva militar na Faixa de Gaza continuará. "Lutamos pela nossa existência e temos que continuar até à vitória", apesar da pressão e das perdas internacionais", destacou num evento a partir do quartel-general das Forças Armadas israelitas em Telavive.
"Só a pressão militar" pode facilitar a libertação dos reféns. "Sem isso, não temos nada", alertou Netanyahu, em resposta aos apelos para chegar a um acordo sobre uma troca.
Quanto ao futuro da Faixa de Gaza quando terminar a operação militar, Netanyahu sublinhou que não permitirá que a Autoridade Palestiniana recupere o controlo do enclave, transformando o "Hamastão num Fatashtão", mesmo que seja esse o desejo dos Estados Unidos da América.
Netanyahu citou um estudo da semana passada que indica que 82% dos palestinos da Cisjordânia justificam o ataque de 07 de outubro. "Eles deveriam controlar Gaza?", questionou.
Assim que o Hamas for destruído, "Gaza será desmilitarizada" para que não represente uma ameaça para Israel. "Digo ao mundo inteiro. Não é política. É o desejo de uma grande maioria das pessoas (...). O erro de Oslo levou-nos aos elementos mais extremistas do mundo árabe", observou, numa alusão aos Acordos de Oslo que levaram ao nascimento da Autoridade Palestiniana.
"O debate entre o Hamas e a Fatah não é se devem ou não eliminar o Estado de Israel, mas como fazê-lo. Devemos dizer a verdade e não criar ilusões, por isso repito: após a eliminação do Hamas, Gaza estará sob controlo israelita e não haverá nada que nos ameace", explicou.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Galant, sublinhou que "toda a nação de Israel sente a dor das famílias dos reféns que perderam os seus entes queridos em circunstâncias muito trágicas e dolorosas".
"Falei com as famílias. Senti a dor. Foram conversas muito carregadas, dolorosas e difíceis", observou Galant, acrescentando: "Como ministro da Defesa sou responsável por tudo o que acontece no sistema de Defesa, por tudo o que acontece nesta guerra, tanto pelas conquistas como pelos custos e pelos erros graves".
O Ministério da Saúde do Hamas relatou 18.800 mortes em ataques israelitas em Gaza desde o início da guerra com Israel, desencadeada pelo ataque sangrento dos comandos do Hamas em solo israelita em 07 de outubro.
O ataque deixou cerca de 1.140 mortos, segundo autoridades israelitas.
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