O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reuniu com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Pak Myong Ho, em Pequim, no que foi descrito como um encontro de "alto nível".
Numa declaração emitida pela diplomacia chinesa após o encontro, os dois países sublinharam a importância das suas relações estratégicas e de longo prazo e manifestaram a sua disponibilidade para reforçar a comunicação e a coordenação bilaterais.
"A amizade entre a China e a RDPC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte) é um ativo valioso para ambas as partes", afirmou Wang.
"Nos últimos anos, a amizade tradicional entre a China e a RPDC desenvolveu-se ainda mais", acrescentou.
A Coreia do Norte vai continuar a reforçar os laços multilaterais com a China para "salvaguardar os interesses comuns" e "manter a paz e a estabilidade regionais", afirmou Pak, de acordo com o mesmo comunicado.
Pak chegou a Pequim na semana passada numa visita oficial invulgar antes do 75.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países no próximo ano.
A reunião ocorreu num período de tensões renovadas na península coreana, que aumentaram nos últimos meses e que tiveram hoje novo episódio com o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) por Pyongyang, o quinto lançamento deste tipo este ano, um recorde que sublinha o avanço do programa de armamento da Coreia do Norte e a significativa escalada militar na região.
Após o fracasso das negociações de desnuclearização com os EUA em 2019, a Coreia do Norte adotou um plano de modernização de armamento - que inclui a implantação de satélites militares e tem envolvido vários testes de mísseis -, além de recusar a retomar o diálogo e procurar estreitar os laços com Pequim e Moscovo.
A Coreia do Norte e a China têm vivido uma aproximação nos últimos meses que se tem evidenciado com representantes do governo chinês a serem convidados para o território para grandes eventos comemorativos em Pyongyang, que reabriu recentemente as suas fronteiras após anos de isolamento devido à pandemia.
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