O braço armado do Hamas publicou, esta segunda-feira, através da sua conta Telegram, um vídeo de um minuto que mostra três reféns israelitas idosos a pedirem a sua libertação, relata a Reuters.
Um homem, que se identificou como Haiem Bery, de 79 anos, estava sentado no meio de dois outros, e falou em hebraico para a câmara.
Haiem alega que está a ser mantido com outros reféns idosos com doenças crónicas e que todos eles vivem em condições muito duras.
"Somos a geração que construiu os alicerces para a criação de Israel. Fomos nós que criámos as forças armadas das Forças de Defesa de Israel (IDF). Não entendemos porque é que fomos abandonados aqui", disse.
E continuou: "Têm de nos libertar daqui. Não importa o custo. Não queremos ser vítimas diretas dos ataques aéreos militares das IDF. Libertem-nos sem condições. Não nos deixem envelhecer aqui", acrescentou.
O vídeo termina com os três homens a repetirem a frase em simultâneo: "Não nos deixem envelhecer aqui".
Haiem Bery, de 79 anos, foi raptado a 7 de outubro. A sua mulher, Channa Bery, foi libertada pelo Hamas a 24 de novembro. Os outros reféns são Yoram Metzger, de 80 anos anos, e Amiram Cooper, de 84 anos. As esposas de ambos também foram libertadas, noticia o Haaretz.
Hamas published a video-message from three Zionist prisoners, delivering a message to Netanyahu’s, and their families.
— MB (@MustafaBadredin) December 18, 2023
Zionist prisoner talking is Haiem Bery. pic.twitter.com/pKshVdyrsq
Recorde-se que a guerra foi desencadeada pelos massacres perpetrados pelo Hamas a 7 de outubro em território israelita, que fizeram 1.139 mortos, na maioria civis, segundo os mais recentes dados oficiais israelitas. Foram também feitos cerca de 250 reféns no dia do ataque, 129 dos quais se encontram ainda em cativeiro em Gaza.
Naquele enclave palestiniano sobrepovoado e pobre, mais de 19.400 pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, foram mortos pelos bombardeamentos israelitas, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do Hamas, desde 2007 no poder e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.
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