Kyriakos Mitsotakis declarou, durante o conselho de ministros, que este pacto é "uma importante resposta europeia ao grande esforço nacional que visa implementar uma política de migração rigorosa, mas justa".
A Grécia está, juntamente com Itália, na linha da frente das chegadas de migrantes que querem entrar na Europa através do Mediterrâneo, especialmente provenientes da Turquia.
Desde o início do ano, cerca de 44.900 pessoas em busca de asilo na União Europeia chegaram à Grécia, principalmente às ilhas do Egeu, perto da costa turca, o número mais elevado em quatro anos, segundo as Nações Unidas.
Várias organizações não-governamentais (ONG) de ajuda aos migrantes denunciaram as condições de acolhimento destes migrantes, em campos sobrelotados e fechados nas ilhas do Mar Egeu.
Desde que chegou ao poder em 2019, Mitsotakis - que defende uma linha dura em matéria de migração - foi acusado de rechaçar migrantes que tentavam chegar à Grécia por mar e ao longo da fronteira terrestre com a Turquia.
Apesar das investigações aprofundadas e documentadas levadas a cabo por ONG e pelos principais meios de comunicação internacionais, Kyriakos Mitsotakis sempre negou tais acusações.
Este acordo europeu surge no momento em que a Grécia acaba de dar luz verde, na terça-feira, a uma autorização de residência condicional para migrantes sem documentos que vivem no país há três anos e que já lá trabalham.
Esta medida, criticada pela ala mais conservadora da direita no poder, visa responder à escassez de mão-de-obra, nomeadamente nos setores agrícola e da construção.
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