Além de Kyiv, os bombardeamentos russos visaram as cidades de Kharkiv, no nordeste, Lviv, no extremo oeste, e Odessa, no sul.
"Uma pessoa foi morta nos ataques das forças de ocupação contra Kharkiv. Oito pessoas ficaram feridas", lamentou o chefe da administração militar local, Oleg Synegubov.
Um hospital no distrito de Kyivskyi foi danificado, disse a polícia local.
O presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, anunciou que sete pessoas estavam "atualmente hospitalizadas na capital".
A vaga de ataques levou à ativação do alerta aéreo em toda a Ucrânia, por volta das 07h00 (05:00 em Lisboa).
Três pessoas ficaram feridas num ataque a Konotop, na região de Soumy, no nordeste da Ucrânia, onde um bloco de apartamentos foi atingido, de acordo com a administração militar local. Três drones iranianos Shahed foram destruídos no local, acrescentou o exército.
Em Odessa, um edifício foi danificado por um ataque durante a madrugada, mas o incêndio resultante foi rapidamente controlado, disse o presidente da câmara, Gennady Trukhanov.
Esta nova vaga de ataques mostra que a Ucrânia precisa de "mais ajuda" da comunidade internacional, afirmou o chefe de gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Os mísseis estão de novo a sobrevoar as nossas cidades e os civis estão a ser visados", denunciou Andriy Yermak na plataforma de mensagens Telegram.
"Estamos a fazer tudo o que podemos para reforçar o nosso escudo aéreo. Mas o mundo tem de ver que precisamos de mais ajuda e recursos para acabar com este terror", escreveu Yermak.
Na quarta-feira, os Estados Unidos atribuíram à Ucrânia um pacto de ajuda militar no valor de 250 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros), incluindo munições e sistemas de defesa aérea para responder aos ataques russos.
Esta nova ajuda é a última parcela disponível enquanto não houver uma nova votação no Congresso norte-americano, onde uma minoria dentro do Partido Republicano se recusa a atribuir mais dinheiro.
Estes ataques surgem depois de um míssil Storm Shadow lançado pela aviação ucraniana ter conseguido, na terça-feira, causar o naufrágio do navio de desembarque russo "Novocherkassk" na Crimeia.
A Rússia está a sofrer "enormes" perdas em homens e material na sua guerra na Ucrânia e o seu exército sairá "enfraquecido" do conflito, disse um alto responsável do exército alemão, numa entrevista publicada hoje.
"De acordo com os números dos serviços secretos ocidentais, 300 mil soldados russos foram mortos ou ficaram tão gravemente feridos que já não podem ser mobilizados para a guerra", disse o general Christian Freuding ao diário alemão Süddeutsche Zeitung.
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