"É mais um ataque cobarde e indiscriminado contra escolas, uma estação de metro e um hospital, que resultou na morte de pelo menos 16 pessoas e inúmeros feridos. A UE está com a Ucrânia enquanto houver necessidade", escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).
As autoridades ucranianas atualizaram entretanto o balanço de vítimas e dão conta de pelo menos 18 mortos e 132 feridos.
"O ataque aéreo mais maciço" desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, descreveu nas redes sociais o comandante da força aérea, Mykola Oleshchuk.
De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos 122 mísseis e 36 'drones' (aeronaves sem tripulação) atingiram Kiev, a capital do país, Kharkiv, entre outras localidades.
It was yet another cowardly and indiscriminate targeting of schools, a metro station and a hospital, resulting in the death of at least 16 people and several wounded.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) December 29, 2023
The EU stands with Ukraine, as long as it takes.
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Os combates na linha da frente estão, em grande parte, afetados pelo inverno, depois de a contraofensiva de verão da Ucrânia não ter conseguido avanços significativos nos cerca de mil quilómetros da linha de contacto.
Kiev tem apelado aos aliados para fornecerem mais defesas aéreas para se proteger contra ataques como o de hoje, numa altura em que os sinais de cansaço da guerra pressionam os esforços para manter o apoio.
O ataque desta madrugada ocorre num momento particularmente sensível para o apoio dos 27 da UE à Ucrânia.
O pacote de 50 mil milhões de euros para auxiliar o país até 2027 está a ser bloqueado pela Hungria e piorou as perspetivas da Ucrânia para o começo de 2024, quando do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, o apoio de Washington está num impasse.
O Congresso dos Estados Unidos está a debater um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, mas a oposição republicana tem levantado objeções, com alguns congressistas a preferirem um investimento na segurança na fronteira com o México.
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