"Lutaremos o tempo que for preciso. A Rússia tem de morrer", afirmou Oleksiy Danilov nas redes sociais, citado pela agência espanhola Europa Press.
A Rússia realizou hoje o ataque considerado de maior dimensão desde que invadiu a Ucrânia há quase dois anos, provocando 18 mortos e 132 feridos, de acordo com um balanço provisório.
As autoridades ucranianas disseram que a Rússia lançou 122 mísseis e 36 'drones' (aeronaves sem tripulação) contra alvos em toda a Ucrânia, num ataque que durou 18 horas.
O Ministério da Defesa russo reivindicou ter atingido "todos os alvos" previstos no intenso ataque lançado de madrugada.
"Saudamos este dia com um ódio frio e um coração quente", comentou o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia.
Segundo Danilov, os ataques com mísseis da Rússia "têm e terão exatamente o efeito oposto que a escumalha do Kremlin [Presidência russa] espera".
"Eles nunca compreenderam e nunca compreenderão a Ucrânia", afirmou Danilov sobre o efeito dos ataques da Rússia na determinação dos ucranianos em combater os russos.
Danilov considerou que tudo "é obra de um rato que cava a própria sepultura com as próprias mãos a partir do seu 'bunker'", numa provável referência ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao Kremlin, sede da Presidência em Moscovo.
Disse que os ataques de hoje só conseguiram "maximizar a rejeição de tudo o que é russo, cultura, língua, tradições", entre os ucranianos.
Os ataques também reforçaram a ideia de que a Ucrânia deve evitar quaisquer conversações e compromissos com um país que não passa de um "pedaço podre de um império", referiu.
Danilov afirmou ainda que a Ucrânia deve reforçar o movimento de resistência nacional e continuar a tarefa de destruir de uma vez por todas qualquer possibilidade de movimentos pró-russos no país.
"A resposta não tardará a chegar", avisou, sem concretizar.
A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que á considerada a pior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será significativo.
A Ucrânia lançou uma contraofensiva no verão, depois de ter recebido armamento novo dos aliados ocidentais, mas já reconheceu que os resultados foram modestos.
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